Sopa no fogo, neve na rua, vários artigos sobre reputação corporativa esperando para serem lidos... Dia normal, semana normal... seria tudo normal se não fosse pelo incêndio que tirou a vida de mais de 200 jovens em Santa Maria.
Tragégias como essas são chocantes, marcantes e tristes para todo o país, mas são tão distantes... Essa semana, pela primeira vez, pude ver como é estar quase do outro lado, do de quem sofre com a tragédia. A Paula, minha irmã, estava na maldita boate quando o fogo começou. Ela conseguiu sair, se machucou na confusão, cortou o pé, mas saiu e é isso que importa.
Meu desespero foi retroativo. Eu sabia que ela estava bem, que só tinha se machucado... Mesmo assim, pensar que o nome dela por pouco não estava naquela longa lista me derrubou. Senti muito também por todas as irmãs, irmãos, pais, mães, filhos e amigos que perderam alguém nessa tragédia. Espero que eles tenham forças pra recomeçar.
Como disse o Julio, meu padastro, no post do blog dele, "só podemos dar graças a Deus pela vida (nova vida) que a Paulinha recebeu na madrugada desse domingo, 27 de janeiro, data de seu novo nascimento." E como eu disse pro Bruno ontem, enquanto assistíamos a todos os detalhes da tragédia no Fantástico, eu nunca disse tantos "graças a Deus" na minha vida...
Obrigada a todas as pessoas que se preocuparam, ligaram, mandaram mensagens, se disponibilizaram para ajudar com o que quer que fosse. Obrigada, principalmente aos membros da família Calegaro que "resgataram" a Paula no hospital e cuidaram dela até a minha mãe e o Julio poderem ir buscá-la.